Entenda
o surto de Febre Amarela no Brasil
Recentemente o estado de
Minas Gerais registrou possíveis casos de Febre Amarela o que deixou em alerta
as autoridades do país. Segundo os dados do Ministério da Saúde,
desta segunda-feira (30), os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São
Paulo notificaram 568 casos suspeitos da doença. Do total, 430 casos permanecem
em investigação, 107 foram confirmados e 31 descartados. Dos 113 óbitos
notificados, 46 foram confirmados, 64 ainda são investigados e 3 foram
descartados.
Confira abaixo as principais informações sobre a Febre Amarela.
Fonte: wordpress.com/o-vetor |
O que é a Febre Amarela?
É uma doença infecciosa febril
aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes, nesse caso
por um mosquito) do gênero Flavivirus. Se não tratada rapidamente, a Febre Amarela pode levar à morte em
cerca de uma semana.
Febre Amarela silvestre e Febre Amarela urbana, qual a diferença?
Os casos de Febre Amarela (FA) no
Brasil são classificados como Febre Amarela silvestre ou Febre Amarela urbana,
sendo que o vírus transmitido é o
mesmo, a diferença entre elas é o mosquito
vetor envolvido na transmissão.
Na FA silvestre, os mosquitos dos
gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos
são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando
uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito
contaminado.
Na FA urbana, o homem é o único
hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre pelo mosquito
Aedes aegypti, comum nas cidades e
que também transmite a Dengue, o vírus Zika e a Chikungunya.
Na imagem, é possível entender melhor como funciona o ciclo de
transmissão do vírus da Febre Amarela.
Fonte: Ministério da Saúde |
Como a doença é transmitida?
A infecção acontece
quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por
um mosquito infectado. É importante
lembrar que não há transmissão direta de uma pessoa infectada para outra
pessoa.
Vale
ressaltar que a febre amarela que temos no Brasil atualmente é a forma
silvestre, não havendo surtos da forma urbana desde a década de 40. Como
sabemos bem, temos aqui o vetor da forma urbana – o Aedes aegypti – em abundância, por isso existe uma
grande preocupação em evitar que a febre amarela seja reurbanizada.
Quais são
os sintomas?
As primeiras manifestações da doença são
repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e
costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando
podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele
amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
Como evitar?
Devem ser
tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para
aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença.Além
disso, como os vetores de ambas as formas são mosquitos, não podemos nos
esquecer de tomar as medidas profiláticas para seu controle, como evitar o acúmulo de água parada em recipientes
destampados.
Post de Ana Maria Nogueira (EQUIPE IMUNO ENSINA)