quarta-feira, 15 de junho de 2016



Tabagismo e suas consequências 
para o sistema imune

   
   A cada dez minutos morre uma pessoa no mundo devido uso do tabaco, e esse número está aumentado rápido, principalmente devido ao seu consumo associado a outras drogas. O tabagismo está ligado com desenvolvimento de varias doenças, como por exemplo, a pneumonia, que afeta 51% dos fumantes contra 17% dos não fumantes. Além disso, os fumantes têm ricos de desenvolver gengivite, úlceras gástricas, duodenais e o uso crônico do fumo podem duplicar as chances de desenvolver tuberculose. O tabaco possui 2 fases, a gasosa e a particulada, estando ele relacionado as propriedades imunossupressoras , que afetam tanto a imunidade celular quanto a humoral.
    Com relação à imunidade celular, os fumantes de longa data exibem uma taxa de leucócitos elevada de aproximadamente 30% a mais que os não fumantes. Esse aumento está relacionado com a quantidade de nicotina. Em fumantes moderados tem sido observado um aumento de neutrófilos nos brônquios por conta dos componentes oxidativos presentes no cigarro causando uma destruição do pulmão no enfisema, como também houve uma diminuição de linfócitos TCD4 e TCD8, quando comparados com não fumantes.
    A fumaça do cigarro afeta de várias formas os estoques intracelulares de cálcio. A nicotina inibe as ligações antígeno/anticorpos por meio do enfraquecimento da sinalização e da supressão intracelular da resposta ao cálcio. Na imunidade humoral, há uma diminuição sérica de até 20% dos níveis de IgA,IgG e IgM em fumantes, sendo reversível ao parar de fumar, exceto a IgA que não volta a seu nível normal .O tabaco reduz os níveis de complexo de histocompatibilidade de classe 1, impedindo o reconhecimento de certos oncogenes pelo sistema imune., podendo assim, originar células tumorais que não sejam detectadas pelos sistemas.
    Um dos maiores componentes da fumaça do cigarro é a nicotina e sua imunossupressão que é causada pela diminuição do cálcio intracelular. O efeito agudo da nicotina não resulta em mudanças na distribuição celular das células sanguíneas; já a exposição continua provoca supressão mitogênica esplênica. 
    A nicotina pura não tem nenhum efeito carcinogênico quando não associada a algum outro elemento do tabaco. Os componentes do tabaco são: Hidrocarbonetos aromáticos policí­clicos (HAPs), glicoproteínas do tabaco (GPT), alcatrão e alguns metais, de modo geral, possuem atividade estimulatória na fumaça do cigarro. Administração aguda ou crônica da fumaça do tabaco podem tanto estimular quanto inibir a resposta imune.
    Assim, verifica-se que muitos são os malefícios causados pelo tabagismo nos mecanismos de defesa do hospedeiro, bem como em seu sistema orgânico em geral. A principal intervenção no tratamento e prevenção destas consequências é  o abandono do hábito que resulta em efeitos benéficos para a saúde geral do indivíduo.


Referência:
GIUSTI, André Luis. Interferência do tabaco no sistema imunitário- estado atual e perspectivas- revisão da literatura. ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 6, n. 1, p.155-163, 2007.

Post de Rodrigo da Silva Barroso ( Equipe IMUNO ENSINA)


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